Braga - O RX, mete o dedo na frida da Protecção Civil de Braga

Rx e a visita da CJpB aos sapadores.

A coligação juntos por Braga "lembrou-se" de tirar da cartola o problema da protecção civil em Braga, através da visita ao quartel dos sapadores.
Porém, estes coligacionistas teimam em cometer os mesmos erros, usando este problema como arma de arremesso político, em vez de se preocuparem com as reais questões dos cidadãos que, diariamente, esperam e desesperam por um socorro de qualidade e com competência.
Ainda nos lembramos do que dizia Ricardo Rio, em 2006, quando defendia com unhas e dentes que a protecção civil não era um problema, no concelho de Braga.
Segundo este apologista da mudança (à moda dele), a saída de 100 bombeiros não implicava problemas de maior, porque o grosso do socorro era efectuado pelos sapadores.
Ele disse isto e muito mais, asneiras sem fim, ignorância do tamanho do mundo.
E porquê?
R.R. nunca soube nem nunca quis saber que, até 2006, os BVB eram a corporação que efectuava mais serviços de socorro em Braga, e que a debandada de 100  bombeiros representava a derrocada de um sistema já de si em estado de decadência e que dependia da boa vontade, do esforço e da dedicação dos operacionais que colmatavam as outras lacunas.
Desde 2006, os bombeiros demissionários fizeram centenas de denúncias, apresentaram provas, pronunciaram-se perante as entidades responsáveis, mas ninguém lhes deu ouvidos.
Hoje, a CJpB chama a si este cavalo de batalha, mas continua sem ter a humildade para assumir quem, de facto, lutou e continua a lutar por esta causa.
Desde 2006, a coligação juntos por Braga nunca teve a hombridade de falar (oficialmente) com os representantes dos ex bombeiros.
Os motivos são fáceis de entender: alguns dos membros destacados daquela organização política são os responsáveis pelos Bombeiros Voluntários de Braga.
Tudo aquilo que Ricardo Rio e a sua coligação apontam, hoje em dia, foi e continua a ser denunciado pelos demissionários, portanto, aquele senhor deveria ter honestidade intelectual para reconhecer que os 100 tinham razão e chama-los para cooperarem pela resolução do problema.
Ricardo Rio não o fará porque estará rodeado de "grandes experts", tal como António e Goreti Machado...
Mas vamos lá deixar a nú a incoerência da coligação juntos por Braga.
Eles referem-se à PROTECÇÃO CIVIL e não apenas aos bombeiros sapadores.
Dizem que a PROTECÇÃO CIVIL bracarense joga à roleta russa...
Ora se falamos em PROTECÇÃO CIVIL, deveria saber o senhor candidato a candidato, que este é um sistema que engloba outras estruturas, nomeadamente os BVB e a Cruz Vermelha.
Mas não, nada disto lhe interessa, apenas os sapadores...e porquê?
Porque é desta forma que pode atacar os inúteis Xuxialistas.
Não pode criticar as lacunas dos BVB porque estaria a atingir os seus compadres e não poderia apontar o dedo às lacunas das equipas de socorro da Cruz Vermelha, porque também iria bulir com potenciais apoios.
Caro candidato a candidato: PROTECÇÃO CIVIL não se resume a uma corporação de bombeiros!!!!
A falta de capacidade para abordar este problema não se fica por aqui!
Eles teimam em falar na falta de equipamentos e nas fracas infraestruturas, esquecendo, quase sempre, que o grande problema dos bombeiros bracarenses (e não só dos sapadores) passa pelas fraquíssimas qualificações, pela péssima formação, pela falta de reciclagem ao nível dos conhecimentos e pela inexsitência de equipas multidisciplinares, ao nível das intervenções em vários cenários compatíveis com os riscos do concelho, já para não falar do défice de operacionais.
Mas se nem sequer estão identificados os riscos, como saber onde se deve fazer o investimento?
É do catano...
Qualquer dono de taberna sabe que, quando não há capacidade para investir em material, devemos apostar no capital humano.
Não sai caro, é barato e dá milhões, com o inerente incremento de operacionalidade dos que trabalham no terreno.
Quem mais sabe, mais e melhor faz. Isto é básico, meus caros.
E que tal apostar em protocolos com o INEM, permitindo que os formadores daquela insituição venham a Braga providenciar formação, ao contrário do que se faz actualmente (o pessoal tem de ir a Sintra e ao Porto, deixando o serviço desfalcado).
Que tal pressionar a Escola Nacional de Bombeiros para olhar com mais atenção para as necessidades do concelho de Braga?
Que tal aproveitar os centros de formação que estão aqui perto (Taipas, S. João da Madeira, etc...)?
Fala-se em viaturas, novo quartel...
Senhores, não iludam o povão. Todos sabemos que não haverá novo quartel na próxima década e as tais viaturas prometidas pelo Pires, devem vir da Nova Zelândia num barco à vela...portanto, estarão a entrar no porto de Leixões por volta do ano 2020.
Para terminar, vamos concluir:
Quando se fala em PROTECÇÃO CIVIL, não podemos resumir-nos a uma corporação de bombeiros.
Quando se quer falar em PROTECÇÃO CIVIL em Braga, não é possível ignorar quem trouxe este assunto para a ribalta, ou seja, os bombeiros demissionários.
Quando se fala em reforma da estrutura, não podemos começar pelas paredes, mas pelos homens e pelas mulheres que diariamente trabalham, caso contrário teremos instalações e material topo de gama a ser usado por incompetentes.
Mas mais importante do que tudo, passa por subsituir as lideranças incompetentes que emperram as mudanças.
O resto é espuma.