(sem assunto)
|Carlos Miguel
Domingo22 de Janeiro de 2012 A vergonha da manutenção de Lurdes Rodrigues na FLAD
«O Governo tem Lurdes Rodrigues na mira»titula o Sol na p. 14da sua edição de 20-1-2012 (linque não disponível). A notícia indica que «o Governo está a acompanhar com atenção as consequências para a imagem da Fundação Luso-Americana (FLAD) resultantes da pronúncia da sua presidente executiva pelo crime de prevaricação de titular de cargo público». O jornal esclarece que «a ex-ministra da Educação recusa demitir-se». A suspensão de funções (auferindo o salário milionário) seria uma solução embaraçante e patética.
Uma instituição como a FLADe os Estados português e norte-americano por via delanão podem estar dependentes do capricho de uma ex-governante que vai a julgamento por prevaricação enquanto ministra. Nem o Estado português nem o norte-americano são responsáveis pelo pagamento dos encargos da luxuosa casa de Lurdes Rodrigues na Avenida de Roma para a qual teria contraído um empréstimo 883 mil euros (segundo o jornal 24Horasde 3-11-2008).
Segundo os n.os 1 e 3 do art.º 9.º dos Estatutos da FLADo primeiro-ministro é que nomeia os três membros do Conselho Executivo da fundação e o seu presidente. Portanto pode substituir Lurdes Rodrigues a todo o momento e sem necessidade de qualquer indemnização.
A FLAD é uma instituição de grande importância no relacionamento entre Portugal e os EUA. Manter uma política pronunciada por prevaricação na sua administração prejudica gravemente a credibilidade externa do Estado português. Mas também afeta a própria imagem externa dos EUApois a fundação é financiada pelo Estado norte-americano que também participa na sua gestão.
Maria de Lurdes Rodrigues não tem vergonha de se manter no cargo e de em breve despachar de manhã na fundação e à tarde no tribunal. Veremos se Passos Coelho é consequente com a vergonha que deve sentir pelo facto. Ou se as autoridades norte-americanas explicam a Passos Coelho que não deve adiar a resolução da vergonha... Seria muito mau - inclusivamente para a delicada manutenção do poder do Estado português na FLAD e do fluxo de dinheiro da administração norte-americana para a fundação -que se tornasse necessário prevenir o Senado e o Congresso norte-americanos sobre o assunto.
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