sábado, 28 de abril de 2012

Braga - Despacho do RX; "E você? Tem confiança nos seus representa​ntes políticos?"


E você? Tem confiança nos seus representa​ntes políticos?

Justos, sérios, coerentes e solidários, estas são as palavras de ordem do directório do Rx!
Recentemente tivemos conhecimento de um episódio lamentável que ocorreu na última assembleia municipal de Braga.
Recorrendo a informação privilegiada, que deveria estar sob o sigilo profissional dos serviços camarários, M.M. tentou coagir a livre participação de um deputado municipal de um partido da oposição.
Independentemente de se tratar de um deputado de um partido adepto do tempo da outra senhora, não é isso que está em causa.
Aqui defende-se a cidadania, independentemente da côr partidária.
M.M. mostrou que não é digno de representar o povo bracarense, porque é capaz de tudo para atacar politicamente os seus adversários
Para o efeito, deu a entender que os familiares daquele deputado usufruíam de apoios sociais camarários.
O objectivo é claro: envergonhar o tal deputado (como se ser pobre fosse motivo de vergonha) e lançar um aviso à navegação: "Tenham atenção porque sei algo sobre cada um de vós...".
Uma espécie de Paulo Pereira Cristóvão à moda de Braga.
M.M. deveria ser a última pessoa à face desta terra a recorrer a este tipo de jogo baixo.
Toda a a sua "carreira" foi feita à boleia da coisa pública.
Não se lhe reconhece outro percurso, no âmbito da sociedade civil, além da política.
Enriqueceu, não se sabe como (acreditamos que de forma deveras séria), ao comando de um cargo público.
Fez fortuna ao leme da política...
À sua volta, os seus fizeram carreira, quase sempre à sombra da coisa pública.
Pergunta que se impõe: Quem é M.M. para usar um apoio social para  atacar quem quer que seja?
Há muita gente com dificuldades, apesar de trabalharem.
Por muitos fatos e gravatas que use, vossa excelência não tem metade do valor aos olhos de quem labora arduamente.
Paradoxalmente, os deputados da direita ficaram ofendidos.
Não deixa de ser curioso que aquele momento foi uma lição (embora vergonhosa) para PSD e CDS.
Os mesmos partidos que diabolizam os cidadãos que recorrem aos apoios sociais, são os mesmos que vêm defender a dignidade de quem foi atacado por recorrer aos mesmos serviços.
Hoje em dia não faltam os atestados de indigência que têm de ser apresentados pelos que menos têm.
Nos hospitais, nas escolas e nas universidades, os portugueses têm de percorrer mil e um serviços para obterem carimbos comprovativos da indigência, de modo a acederem de certos apoios sociais.
Carimbos de pobreza, certidões de indigência que obrigam os portugueses a exporem a vida perante terceiros.
Queres ir ao hospital? Traz a certidão de indigência.
Queres uma bolsa de estudo? Traz a certidão de indigência.
É a cultura do pé rapado e da mão estendida.
PSD e CDS ficam a saber que há quem, nas suas fileiras, também tem dificuldades e que merece ser tratado com respeito e dignidade.
A pobreza à qual estes partidos condenaram o povo, não pode ser motivo de ataque torpe.
Diabolizam quem recebe subsídio de desemprego porque supostamente não querem trabalhar.
Desconfiam de quem está de atestado, porque supostamente não querem trabalhar.
Sempre na dúvida, sempre a tratar o cidadão com desconfiança porque,segundo estas mentes tacanhas, o povo é calaceiro.
Esquecem-se que as fortunas deles foram conquistadas à nossa custa.
À custa de IRS falsificados, como um certo novo rico militante da senhora-a-branca (o tal que, pelos vistos, não paga ao jardineiro).
Fortunas construídas à custa de gente que dá no duro, gente que dá a volta à cabeça para saber como pagar as contas ao fim do mês, gente que se esforça para viver com dignidade.
Não sabemos se M.M. saberá o que significa fazer pela vida, com dificuldades.
Mas sabemos, com toda a certeza, que M.M. deveria ter respeito por quem lhe põe a comida na mesa todos os dias, ou seja, aqueles que trabalham e que lhe pagam o salário.
Nunca se esqueça que, ao fim do dia, vossa excelência existe para nos servir.
Feliz da vida será aquele que não precisa de pedir apoio social, mas mais feliz será aquele que vive a vida de cabeça erguida, com seriedade e honestidade.
A atitude de M.M. demonstra a forma como este indivíduo encara a pobreza: com total desprezo.
Pensará ele que faz um favor a quem recebe apoios sociais, esquecendo-se que se trata de um dever perante quem o mantém a pão de ló.
O povo Bracarense impediu que M.M. e a sua família conhecessem os bancos dos centros de emprego e da Segurança Social.
Senhor M.M., agradeça ao povo, que vossa excelência despreza, pelo facto de nunca ter precisado de ser alguém na difícil vida do dia a dia dos comuns dos mortais.
Os bracarenses estão reduzidos a isto: se por um lado o executivo municipal dá a esmola, também se fica a saber que desprezam aquilo que dão. É uma espécie de bucha atirada ao mendigo.
Por outro, existe uma coligação de direita que tem resumido o Estado social à caridade.
A este respeito, R.R. participa em várias acções de recolha de items...à imagem e semelhança das tias de Cascais que, de vez em quando, lá vão ao bairro da lata para cumprirem a boa acção.
Desprezo e indignidade, é assim que eles encaram o Estado social.
Quem se orgulha de ser colado à política deste governo apoia a política da pobreza envergonhada.
Braga está cercada de miséria envergonhada, daquela que não se expõe, daquela que prefere passar fome do que ir ao take away dos pobres.
Para PS, PSD e CDS isto é perfeitamente normal.
Não fazem ideia do que significa admitir perante terceiros que em casa há fome.
O pobre é visto com desconfiança e usa-se o estado de necessidade dessas pessoas para acusa-las.
Agora uma palavra de apoio ao cidadão  que foi alvo daquele ataque sujo: Levante a cabeça e nunca deixe de ser quem é, mas lembre-se sempre que a solidariedade é o valor que une uma sociedade justa.
Infelizmente está no partido errado (CDS)...precisamente no partido que usa os que mais precisam para atacar o Estado social.
O partido do ministro que anda de Vespa de manhã e de BMW durante o resto do dia, é precisamente a força política que tem nas suas fileiras as figuras de um passado que condena este país à indigência.
Ainda vai a tempo de mudar para um partido mais solidário e justo, mas mesmo que não tenha inteligência para o efeito, fique sabendo que o directório do Rx estará sempre ao seu lado para o proteger no papel de cidadão que merece respeito e dignificação.
Porque ao fim do dia só há dois mundos: um justo e outro injusto.
A diferença está naquilo que fazemos para que o sol se ponha para todos, com a consciência de que os nossos semelhantes são tratados como seres Humanos de primeira.
Rx, sempre solidários, com toda a confiança!

1 comentário:

  1. Não é vergonha ser pobrezinho... Vergonha é ser pobrezinho e ter inveja dos ricos! EH!EH!EH!

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