terça-feira, 26 de junho de 2012

Braga - Despacho do C. Miguel; "O BURACÃO» farmacêuti​co


O BURACÃO» farmacêuti​co

E então não é que aparece hoje o escandalo de 50 milhões. Até parece que o sujeito é bruxo.....
O BURACÃO» farmacêutico
PARA LER E PASSAR
Esta é de bradar aos Céus!
Será que há muitos "farmaceuticos" ligados ao Ministério da Saúde ?
«O BURACÃO» (do jornal «O Médico»)
(alguém foi entrevistado por um jornalista, que disse o seguinte:)
«- Há uma grande fraude que se está a passar nas farmácias.

- Ai sim? Ora conte lá isso...
- O senhor jornalista lembra-se de quando ia aviar remédios à

farmácia e lhe cortavam um bocadinho da embalagem e a colavam na

receita, que depois era enviada para o Ministério da Saúde, para

reembolso às farmácias?
- Lembro, perfeitamente... Mas isso já não existe, não é verdade?
- É... Agora é tudo com código de barras. E é aí que está o

problema... É aí que está a fraude. Deixe-me explicar: como o senhor

sabe, há muita gente que não avia toda a receita. Ou porque não tem

dinheiro, ou porque não quer tomar um dos medicamentos que o médico

lhe prescreveu e não lhe diz para deixar de o receitar. Ora, em

algumas farmácias - ao que parece, muitas - o que está a acontecer é

que os medicamentos não aviados são na mesma processados como se o

doente os tivesse levantado. É só passar o código de barras e já está.

O Estado paga.
- Mas o doente não tem que assinar a receita em como levou os

medicamentos? - Perguntei.
- Tem. Mas assina sempre, quer o levante, quer não. Ou então

não tem comparticipação... Teria que ir ao médico pedir nova

receita...
- Continue, continue - Convidei
- Esta trafulhice acontece, também, com as substituições. Como

também saberá, os medicamentos que os médicos prescrevem são muitas

vezes substituídos nas farmácias. Normalmente, com a desculpa de que

"não há... Mas temos aqui um igualzinho, e ainda por cima mais

barato". Pois bem: o doente assina a receita em como leva o

medicamento prescrito, e sai porta fora com um equivalente, mais

baratinho. Ora, como não é suposto substituírem-se medicamentos nas

farmácias, pelo menos quando o médico tranca as receitas, o que

acontece é que no processamento da venda, simula-se a saída do

medicamento prescrito. É só passar o código de barras e já está. E o

Estado paga pelo mais caro...
Como o leitor certamente compreenderá, não tomei de imediato a

denúncia como boa.

Até porque a coisa me parecia simples de mais.

Diria mesmo, demasiado simples para que ninguém tivesse

pensado nela. Ninguém do Estado, claro está, que no universo da

vigarice há sempre gente atenta à mais precária das possibilidades.

Telefonei a alguns farmacêuticos amigos a questionar...
- E isso é possível, assim, de forma tão simples, perguntei.
- É!... Sem funfuns nem gaitinhas. É só passar o código de

barras e já está, responderam-me do outro lado da linha.
- E ninguém confere? - Insisti.
- Mas conferir o quê? - Só se forem ter com o doente a

confirmar se ele aviou toda a receita e que medicamentos lhe deram. De

outro modo, não têm como descobrir a marosca. E ó Miguel, no estado a

que as coisas chegaram, com muita malta à rasca por causa das descidas

administrativas dos preços dos medicamentos... Não me admiraria nada

se viessem a descobrir que a fraude era em grande escala...
E pronto... Aqui fica a denúncia, tal qual ma passaram...

Se for verdade... Acho que é desta que o Carmo e a Trindade caem mesmo!»

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