A tese defendida pelo colega comentador Quim da 1/2 Laranja surge recorrentemente em épocas de crise ou quando se está perante a iminência de mudança de regime.
"Suspenda-se a Democracia!", gritam alguns indignados, fruto de uma reacção legítima contra o poder instituído que defraudou as expectativas do povo.
Caro Quim, com todo o respeito, o directório do Rx devolve-lhe o desafio e apela ao povo português que faça a Democracia acontecer.
É precisamente em épocas de crise existencial que os nossos valores e princípios devem ser evidenciados, caso contrário não terão passado de meras intenções.
Faça-se Democracia, pois!
Como é que isto se materializa?
Muito simples: comecemos por pensar gobalmente, agindo localmente. Sejamos mais exigientes com as nossas próprias pessoas, na esfera privada e pública. Tenhamos a capacidade para exigir um governo (e quando se fala em governo podemos incluir todos os tittulares de cargos públicos) constituído pelos melhores e não apenas pelos mais..."talentosos".
Comecemos por ser criteriosos com tudo aquilo que nos rodeia, ao invés de optarmos pelo silêncio conivente e confortável.
Não aceitemos que nos tratem por "esta gente" ou por "comedores", quando somos nós que lhes garantimos o sustento.
Caro Quim, a Democracia não é um ente que funciona em modo automático, mas exige um comprometimento contínuo, aturado e apurado, porque a partir do primeiro instante em que a máquina começa a agir pela sua própria cabeça, seguindo os respectivos interesses, o resultado é este com o qual nos confrontamos.
Façamos acontecer Democracia, pois!
Palavras bonitas mas sem terra à vista, bem poder dizer o Quim em jeito de resignação...
Caro Quim, permita-nos que se elenque uma série de atitudes a tomar, agora, já!
- começando pela sua terra, pergunte aos responsáveis políticos a razão pela qual querem "estourar" quase 4 milhões de euros num mamarracho devoluto, em plena época de emergência social.
- queira saber como e em que circunstâncias se nomeiam determinadas pessoas para certos cargos (exemplo: fundação Bracara Augusta)
- exija saber como se procede à contratualização dos serviços público na sua cidade.
- pergunte aos aspirantes a governantes o motivo pelo qual calam a indignação quando são os cães de fila deles a "meter a mão" no bolso alheio.
- Que nasça a indignação em si para saber a razão que o leva a não ter uma ambulância quando dela precisa.
(São apenas alguns exemplos).
Depois alargue o seu círculo de inquietação e vá questionado os responsáveis da sua região, até chegar ao país e ao mundo.
Já reparou que há tanto para fazer em Democracia, ao mesmo tempo que nos calamos?
Temos provedores, procuradores, isto e mais aquilo, mas raramente fazemos uso do que está à nossa disposição.
Quantas vezes já o fez, amigo Quim?
Naquelas sextas-feiras de chuva, nos dias em que alguns apenas saem para receber a senha de presença, sejamos também capazes de trocar o jogo de futebol na tv pela presença na assembleia, seja municipal ou nacional.
E no fim, por volta das duas da manhã, quando eles já tiverem regorgitado todas as balelas que por lá dizem (com respeitáveis excepções), aproveitemos os míseros cinco minutos concedidos para dizer o que nos vai na alma.
O governo tecnocrático é muito tentador, claro está.
O problema surge depois, quando eles já não querem largar o "osso" (lembra-se de um tal de Salazar?) - pelos vistos, ainda há quem saiba de história no nosso directório.
O problema aparece quando é necessário sair daquela linha de pensamento técnico para fazer valer aos seres humanos, aqueles que são tratados nos livros da especialidade por A e B.
É precisamente aí que a boa ideia se complica.
"Que se lixe a troica" bem podia ser substituído por " que se lixe a tecnocracia". Não tenha a mínima dúvida que tal irira acontecer.
O que no papel parece uma solução interessante, rapidamente se transformaria em pesadelo.
Permita-nos que lhe façamos um derradeiro desafio: em vez de pedir a suspensão da democracia autárquica, não se esqueça de ir votar e de levar consigo toda a prole, amigos e vizinhos.
E no momento de fazer a cruzinha, mande à bardamerda os comilões do costume e os falsos arautos da mudança. Seja ousado, mude, nem que seja só por uma vez. Verá que não lhe custa nada e a experimentação faz parte do ser humano. No máximo, o que lhe pode acontecer é acabar desiludido, mas já é isso que acontece. É ou não é?
Contrariamente ao outro que tinha receio de vir a viver em momentos interessantes da história, tenhamos a capacidade de legar às gerações futuras uma época fulcral da nossa existência moldada por nós, enquanto pessoas, cidadãos e povo.
A democracia foi herdada por nós e conquistada por outros à custa de grande sacrifício.
Não se permita que os detractores da democracia provoquem uma tal desilusão que nos leve a abdicar do sonho, porque o que eles pretendem é que cada um de nós desista.
Faça-se Democracia, pois!
Rx, a defender a Democracia com toda a Confiança!
"Suspenda-se a Democracia!", gritam alguns indignados, fruto de uma reacção legítima contra o poder instituído que defraudou as expectativas do povo.
Caro Quim, com todo o respeito, o directório do Rx devolve-lhe o desafio e apela ao povo português que faça a Democracia acontecer.
É precisamente em épocas de crise existencial que os nossos valores e princípios devem ser evidenciados, caso contrário não terão passado de meras intenções.
Faça-se Democracia, pois!
Como é que isto se materializa?
Muito simples: comecemos por pensar gobalmente, agindo localmente. Sejamos mais exigientes com as nossas próprias pessoas, na esfera privada e pública. Tenhamos a capacidade para exigir um governo (e quando se fala em governo podemos incluir todos os tittulares de cargos públicos) constituído pelos melhores e não apenas pelos mais..."talentosos".
Comecemos por ser criteriosos com tudo aquilo que nos rodeia, ao invés de optarmos pelo silêncio conivente e confortável.
Não aceitemos que nos tratem por "esta gente" ou por "comedores", quando somos nós que lhes garantimos o sustento.
Caro Quim, a Democracia não é um ente que funciona em modo automático, mas exige um comprometimento contínuo, aturado e apurado, porque a partir do primeiro instante em que a máquina começa a agir pela sua própria cabeça, seguindo os respectivos interesses, o resultado é este com o qual nos confrontamos.
Façamos acontecer Democracia, pois!
Palavras bonitas mas sem terra à vista, bem poder dizer o Quim em jeito de resignação...
Caro Quim, permita-nos que se elenque uma série de atitudes a tomar, agora, já!
- começando pela sua terra, pergunte aos responsáveis políticos a razão pela qual querem "estourar" quase 4 milhões de euros num mamarracho devoluto, em plena época de emergência social.
- queira saber como e em que circunstâncias se nomeiam determinadas pessoas para certos cargos (exemplo: fundação Bracara Augusta)
- exija saber como se procede à contratualização dos serviços público na sua cidade.
- pergunte aos aspirantes a governantes o motivo pelo qual calam a indignação quando são os cães de fila deles a "meter a mão" no bolso alheio.
- Que nasça a indignação em si para saber a razão que o leva a não ter uma ambulância quando dela precisa.
(São apenas alguns exemplos).
Depois alargue o seu círculo de inquietação e vá questionado os responsáveis da sua região, até chegar ao país e ao mundo.
Já reparou que há tanto para fazer em Democracia, ao mesmo tempo que nos calamos?
Temos provedores, procuradores, isto e mais aquilo, mas raramente fazemos uso do que está à nossa disposição.
Quantas vezes já o fez, amigo Quim?
Naquelas sextas-feiras de chuva, nos dias em que alguns apenas saem para receber a senha de presença, sejamos também capazes de trocar o jogo de futebol na tv pela presença na assembleia, seja municipal ou nacional.
E no fim, por volta das duas da manhã, quando eles já tiverem regorgitado todas as balelas que por lá dizem (com respeitáveis excepções), aproveitemos os míseros cinco minutos concedidos para dizer o que nos vai na alma.
O governo tecnocrático é muito tentador, claro está.
O problema surge depois, quando eles já não querem largar o "osso" (lembra-se de um tal de Salazar?) - pelos vistos, ainda há quem saiba de história no nosso directório.
O problema aparece quando é necessário sair daquela linha de pensamento técnico para fazer valer aos seres humanos, aqueles que são tratados nos livros da especialidade por A e B.
É precisamente aí que a boa ideia se complica.
"Que se lixe a troica" bem podia ser substituído por " que se lixe a tecnocracia". Não tenha a mínima dúvida que tal irira acontecer.
O que no papel parece uma solução interessante, rapidamente se transformaria em pesadelo.
Permita-nos que lhe façamos um derradeiro desafio: em vez de pedir a suspensão da democracia autárquica, não se esqueça de ir votar e de levar consigo toda a prole, amigos e vizinhos.
E no momento de fazer a cruzinha, mande à bardamerda os comilões do costume e os falsos arautos da mudança. Seja ousado, mude, nem que seja só por uma vez. Verá que não lhe custa nada e a experimentação faz parte do ser humano. No máximo, o que lhe pode acontecer é acabar desiludido, mas já é isso que acontece. É ou não é?
Contrariamente ao outro que tinha receio de vir a viver em momentos interessantes da história, tenhamos a capacidade de legar às gerações futuras uma época fulcral da nossa existência moldada por nós, enquanto pessoas, cidadãos e povo.
A democracia foi herdada por nós e conquistada por outros à custa de grande sacrifício.
Não se permita que os detractores da democracia provoquem uma tal desilusão que nos leve a abdicar do sonho, porque o que eles pretendem é que cada um de nós desista.
Faça-se Democracia, pois!
Rx, a defender a Democracia com toda a Confiança!
Caro amigo (deixe q o trate assim) RX;
ResponderEliminarDo que deixa escrito nomeadamento o balurdio que se vai gastar na Fábrica, vem dar razão á minha proposta. Quanto ao resto o amigo está na lógica dos partidos que vão perder com o negócio.
O Quim
Oh grande Rx;
ResponderEliminarO nosso amigo amigo Quim pelos vistos não quer acabar com a Democracia, quer simplesmente fazer um intervalo na democracia ( faz de conta, segundo li nas tuas linhas, reponsável por muita “cagada” a nivel nacional) Autárquica. Segundo ele, esse iato de tempo seria suficiente para ajudar a por as contas nacionais em ordem, tanto pelo que se deixava de pagar a cerca de 100 Mil autarcas e não sei quantos Assessores , como alguns escarros que se prevêm e que vão custar muito guito, ficavam em banho manel.
Fazes o discurso retórico da democracia, o povo quando está com as calças na mão troca isso, por comida. Não sei se o nosso Quim é democrata ou não, mas muitos dos nossos autarcas seriam na mesma mesmo se não houvesse o 25/4 (alguns até foram Salazaristas), ou seja são ditos democratas por que lhes deu geito.
Abç ao Quim e ao X
Fazer um intervalo na democracia já foi proposto pela velha (Manuela Ferreira Mijo). Essa treta já não pega e o que é preciso é que o povo acorde de vez.
ResponderEliminarAcordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz
Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações
Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!
(Poema de José Gomes Ferreira)
Oh J.G. Ferreira; esta porra não vai lá com poesia, vai lá é com muita porrada e grilhões para quem fodiu isto.
ResponderEliminarAgora o nosso Quim que não é poeta erudito, mas de via popular colocou uma coisa importante em cima da mesa: "para grandes males, grandes remédios".
Tone Manula