sábado, 10 de novembro de 2012

Braga - Despacho de RX em 10-11-12


O conde andeiro de Braga e as freguesias

(Com foto)
Eis que é dada à luz a famigerada reforma autárquica, que mais não é do que uma agregação sem critério.

Tal como se esperava, Ricardo Rio votou-se ao silêncio. Como sempre.

Aliás, Ricardo Rio apenas demonstra que mais não é do que uma voz do dono, politicamente falando, sem capacidade para se impor com autonomia face aos que lhe garantem a sua existência política.

Sempre que foi chamado a estar ao lado dos bracaresnes, Ricardo Rio assumiu uma postura neutral.

Foi assim no caso da debandada dos 100 bombeiros voluntários de Braga. Nem uma palavra. Meses depois clamava aqui del rei pela falta de bombeiros.

Foi assim aquando da imposição de medidas gravosas ao povo bracarense, através dos pacotes de austeridade do governo do seu partido. Nem uma palavra sobre os milhares de desempregados na nossa terra.

Relativamente à reforma autárquica, nada faria prever que esta atitude passiva/cooperante, com os agentes da troika, viesse a mudar.

Ricardo Rio limita-se a dizer que a lei foi cumprida. Novamente, qual Pilatos, lava as mãos remetendo as responsabilidades para terceiros. Quando as coisas são a doer, não é nada com ele.

O mesmo Ricardo Rio que tem soluções para tudo e mais alguma coisa, a mesma coligação PSD/CDS/PPM que tira da cartola medidas a torto e a direito, resolveu não abrir o bico num assunto que atinge os bracarenses.

Limitou-se a culpar os partidos da esquerda, numa atitude que só pode ser catalogada de "filha da putice política".

O governo da troika queria impor e ele foi atrás, esquecendo-se que está aqui para servir o seu povo e não os interesses de terceiros. E pensando que os outros são tão lacaios quanto ele, do ponto de vista ´político, queria que os partidos da esquerda compactuassem com o servicinho.

Ricardo Rio só não contava com um pequeno pormenor (o que demonstra falta de visão política): todos os autarcas da coligação PSD/CDS/PPM votaram contra a extinção, ou seja, contra as medidas defendidas por ele.

Falta de liderança, falta de independêndica face ao aparelho partidário central, falta de gratidão perante quem o elege e quem o apoia.

O que dirão os presidentes de Junta coligacionsitas, perante a atitude passiva do candidato que eles têm ajudado nos últimos anos? Pouco dirão. Aliás, para além da figura da cartaz, mais ninguém aparece na coligação PSD/CDS/PPM. Aquilo mais parece um "one man show", em que um fala e os outros aplaudem.

Este economista não é sequer capaz de explicar ao povo quais as vantagens da extinção das freguesias. Nem do ponto de vista da formação dele é capaz de apresentar argumentos defensáveis. É uma espécie de Hugo Soares que defende a mudança da Constituição só porque sim, ou a eliminação da ideologia da lei fundamental, apenas porque se lembrou.

Diz ele que a reforma das freguesias é a aplicação da lei. Nem mais, nem menos. Calou-se e preferiu falar de futebol e da Rampa da Falperra.

É incrível que a primeira intervenção deste senhor, logo após a decisão da exitnção das freguesias, tenha sido sobre...a Rampa da Falperra. Isso sim, um verdadeiro desígnio da nossa terra. Espera-se que o seu novo artigo no jornal Diário do Minho seja sobre os guerreiros do Minho, continuando a relegar para segundo plano aquilo que verdadeiramente interessa, como é seu registo.

Curiosa resposta, já que logo a seguir refugia-se no facto de, alegadamente, ainda não ter conhecimento do documento.

Como é que pode dizer que o documento cumpre a lei se não o conhece?

Ricardo Rio comprova, uma vez mais, que caso venha ser presidente será um "leva e traz" do(s) dono(s), pondo de parte o verdadeiro interesse dos bracarenses. Foi assim no caso dos bombeiros, foi assim no caso da fábrica Confiança e assim é no caso da extinção das freguesias.

Depois surgem os lacaios da senhora a branca que atiram as culpas aos partidos da esquerda. Dizem eles que aqueles assobiaram para o lado.

Caríssimos, quem não concorda não compactua, é este o princípio de quem não aceita ser escravizado, algo a que vocês já se habituaram desde que a frau Merkel assumiu o controlo deste país.

Por sua vez, o autarca de Esposende (PSD) veio a terreiro defender o seu povo.

Sem papas na língua, sem lavar as mãos como Pilatos, sem remeter para a lei e sem culpabilizar terceiros, João Cepa declarou o seguinte no seu blog:

"Para já só quero mesmo fazer uma coisa: pedir publicamente desculpa a todos aqueles que porventura possam ter sido influenciados por mim e que votaram no principal partido que suporta o actual Governo. Peço imensa desculpa!"

http://joaocepa.blogspot.pt/

Diferenças: um defende o seu povo contra o próprio partido. O outro defende o partido contra o seu povo.

É esta a posição que se espera de um verdadeiro autarca.

Uma atitude que contrasta com um Ricardo Rio que fala sobre pedras, sete fontes, mérida, hortas urbanas, obras de regeneração urbana, mamarrachos de 4 milhões, negligenciando a profunda crise social que o povo do seu concelho vive.

Reparem que no discurso deste senhor não cabem pessoas. Apenas propostas "chiques", direccionadas à pseudo elite que nele vota. Miséria, fome nas escolas, nada disso lhe diz respeito. Uma breve passagem pelo blog deste senhor revela uma total nulidade de propostas que façam frente à emergência social vivida pelos bracarenses.

Ricardo Rio não visita uma única fábrica em risco de insolvência. Prefere falar sobre couves nas traseiras dos prédios.

Ricardo Rio não vai ter com uma única comissão de trabalhadores que luta pela viabilidade da respecticva empresa. Limita-se a falar sobre a qualidade das pedras da calçada.

Ricardo Rio não quer saber em que estado se encontram as instituições que tanto fazem para garantir o pão à mesa de milhares de conterrâneos. Prefere dedicar-se a colóquios em Espanha.

Ricardo Rio é pura vaidade política, sem qualquer conteúdo. É um tecnocrata que vai bebendo umas ideias giras aqui e acolá, para depois apresenta-las perante os "parolos", como se fossem da sua autoria.

Ricardo Rio e a sua coligação troikista ficarão para sempre ligados ao maior ataque perpetrado contra o poder local. Contra as juntas de freguesia que tanto têm feito pela Democracia.

As juntas de freguesia não contribuem para a dívida. Aliás, estas entidades nem dívida têm, na sua maioria. Toda a gente sabe que as Juntas fazem exercícios financeiros extraordinários para cumprirem as suas obrigações. Oxalá todos os responsáveis políticos fossem assim.

Esta reforma apenas vai contribuir para o aumento da dívida, algo que eles não ousam contrariar.

São as juntas que ouvem mais de perto os cidadãos, quando o poder central se "esquece" deles. São as juntas que prestam auxílio aos fregueses que menos podem e que pouca voz têm, fazendo chegar o clamor às instituições. São as juntas que combatem a fome de milhares de crianças, quando elas só têm acesso a uma refeição quente nas escolas.

Agora fazemos um apelo aos autarcas da coligação PSD/CDS/PPM: tenham a mesma atitude assumida pelo autarca de Esposende e condenem os vossos partidos. Revoltem-se contra um candidato que por vós tem sido sustentado e que à primeira oportunidade vos abandonou. Estejam ao lado do povo e resistam. Não se trata de uma luta entre partidos, mas de uma questão de Justiça.

Pela defesa das nossas freguesias.

Rx, com toda a Confiança!

2 comentários:

  1. Estes comunas são mesmo uns palhaços. Para eles, as juntas de freguesia são uma coisa tão maravilhosa e milagreira que até devia haver uma em cada rua. Ou melhor, em cada prédio. Ou melhor, em cada apartamento. O chefe da casa enfiava uma foice e um martelo pelo cu acima e passava a chamar-se presidente da junta. E nunca mais contribuia para a dívida... E passava a combater a fome das crianças... E podia emigrar para a Koreia do Norte...

    Tadinhos dos comunas, vai ser uma chatice endrominar a malta de Maximinos. Eles não vão muito nas cantigas de Lenine. Preferem charcutaria...

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  2. O rio tb adora chouriços.

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