Reacção do directório do Rx ao artigo de Ricardo Rio, no Diário do Minho
O principal problema dos que se pretendem sentar no topo da moral e da ética consiste em ficar refém dessa lógica auto-imposta.
Esta é a principal falha de quem se apresenta perante a pólis e aqueles que decidem para onde pende o voto.
O trono é deveras complexo, a coroa pesadíssima e o caminho a seguir tem se ser recto, sem curvas nem becos.
Por outras palavras, não podem existir excepções, nem comparações, muito menos desculpas esfarrapadas do género "o outro faz, então eu também posso fazer".
Ricardo Rio é o paradigma de alguém que se atirou de cabeça para um poço sem fundo.
Este candidato surgiu do nada, sem nunca ter mostrado provas ou pregaminhos de uma cidadania militante, fora da política.
De uma certa forma, compreende-se a razão da sua escolha para líder da uma coligação que mais se assemelha a um transgénero multisexual.
Cabeça de lista de uma coligação composta por neo liberais esfaimados (PSD), saudosistas salazarentos (CDS) e apologistas de um regime que condenou milhões de portugueses à fogueira (atenção aos malditos porque esta frase tem "rasteira"), tendo sido responsável pelo atraso civilizacional deste país (PPM), Ricardo Rio foi seleccionado essencialmente pelos aspectos formais do que pela sua substância.
Aos olhos do eleitorado conservador bracarense, R.R. tem tudo o que se pode exigir:é altamente qualificado, do ponto de vista acádémico, bom profissional, tão bom que até foi remunerado acima da média por determinadas entidades públicas, católico, pai de família, jovem e sem passado político que o persiga.
O grande erro de R.R. deu-se logo desde início.
Rio assumiu-se como o herói que iria combater o vilão, sem que nunca ninguém lhe tivesse conferido tal missão ou legitimidade.
A seriedade contra a corrupção seria o seu lema.
Vestiu a capa e esvoaçou pelas ruas de uma cidade putrefacta de corrupção.
Tão pesado é este fardo...
Tão difícil de manter, especialmente quando quem nos acompanha não se pauta pela mesma medida.
Ricardo Rio esqueceu-se do princípio fundamental: ele até pode assumir-se como a alma mais pura, qual Blimunda, mas jamais pode responder pelos comparsas, para além de se exigir mais astúcia e capacidade criteriosa no momento de se escolher quem é quem.
O artigo de opinião de R.R. publicado no D.M., datado de 27 de Setembro e intitulado por "Pela Madeira dentro" apenas vem confirmar a excepção da regra à moda de Rio: devemos ser implacáveis quando se trata de apontar o dedo aos inimigos, mas pragmáticos no que respeita aos nossos aliados.
Ricardo Rio é a mesma personagem que combate (e muito bem) a política destrutiva do Mesquitismo, mas é também a mesmíssima pessoa que fecha os olhos à corrupção, ao oportunismo e à vilania que grassa nas hostes coligacionistas.
Ricardo Rio ataca Mesquita, mas protege Machado.
Ricardo Rio critica o uso dos bens públicos, levados a cabo pela governação Mesquitista, mas negligencia propositadamente o esbanjamento dos mesmos recursos pertencentes à urbe, por parte de quem lhe garante os votos em Fraião ou em Maximinos.
É uma espécie de personagem esquizofrénica, embora eu preferisse dizer alto e bom som que este comportament mais não é do que uma valente canalhice.
No tal texto do Diário do Minho, Ricardo Rio critica o esbanjamento Madeirense, mas legitima-o com a obra feita em prol do desenvolvimento e do bem estar dos Madeirenses.
A certa altura, Rio afirma que " a conduta de AJJ nunca foi de enveredar por obras de fachada, por obras megalómanas para a posteridade ou pela assunção de responsabilidades que pudessem gerar encargos desmesurados para as gerações vindouras".
Ricardo Rio, das duas uma, ou não lê, ou é ignorante ou, em último recurso, é dono e senhor de uma infantilidade intelectual que me levaria a desculpar a sua ingenuidade.
Valha a verdade, como diz Rio, em nenhuma destas fotografias o candidato da verdade suprema (R.R.) ficaria bem.
Atrevés deste link, a teoria "Ricardo Reyonista" cai por terra...
É tão fácil destituir do trono este imperador da moral e da ética (reparem que nem me imiscuo na bela maquia auferida por si no âmbito da cooperação com a "Guimarães 2012").
Ora vejam: http://aeiou.visao.pt/as-obras-loucas-de-jardim=f623778
Será que a marina não é magalómana?
Será que os túneis não incutem responsabilidades sobre as gerações vindouras?
Será que a Ribeira da Madalena não é um atentado à segurança dos madeirenses?
(Neste caso, R.R. está perfeitamente à vontade porque já é seu hábito trocar votos pela segurança dos seus concidadãos)
Será que o aterro do porto do Funchal não é uma obra de fachada?
Será que quantidade desmesurada de campos de futebol na Madeira é um investimento essenecial?
E a existência de mega centros comerciais não deve ser criticada tanto em Braga como na Madeira?
A pseudo mega piscina olímpica do famigerado e inexistente parque norte bracarense não é equivalente ao insulto que foi erigido no Curral das Freiras?
Rio legitima tudo isto com o "welfare" e com o aumento populacional ao qual se assiste naquela ilha.
O mesmo pode dizer Mesquita e o incremento presenciado em Braga.
Rio desculpa os vícios e as exuberâncias de Jardim com a obra feita.
Mesquita pode dizer o mesmo.
Rio aplaude Jardim pelos avanços nas áreas da saúde e da educação.
Mesquita pode dizer o mesmo.
Rio aponta o sucesso das respostas sociais de Jardim.
Mesquita pode afirmar o mesmo sobre a sua "obra".
Moral da história: quantidade não é qualidade!
Com o dinheiro alheio qualquer um transforma pedra em ouro reluzente.
Perante o seu último artigo, e se mais razões fossem necessárias, Ricardo Rio deve seguir a única via que lhe permite salvaguardar a sua imagem, e esta passa pela DEMISSÃO!
Caro Rio, permita à sua multi-coligação optar por alguém que apresente matéria prima intelectual e política, alguém que pense pela própria cabeça e que não se limite a ser uma marioneta (ingénua) publicitária.
As suas posições, tão diversificadas quanto incoerentes, são um autêntico ultraje aos homens e mulheres de bem que ainda se indignam nesta cidade.
Braga necessita de uma oposição firme e realista no presente, que seja coerente com o passado mas também com o futuro.
Braga clama por substância e não por fachadistas da mudança.
Braga não brada por si, caro Rio, e as duas derrotas consecutivas são o exemplo cabal disso mesmo.
A coerência é um trilho unidirecional onde todos "comem"pela mesma medida, independentemente da filiação política.
Um ultraje em Braga não o deixa de ser na Madeira, apesar da insulariade ou de qualquer outro critério remediado à última da hora.
A corrupção é uma apenas uma, tem a mesma cor de negritude e o mesmo cheiro infecto.
Por estes e outros motivos, senhor dr., a sua existência política em Braga está ferida de legitimidade, já que a sua máxima caiu por terra a partir do momento em que não teve coragem para tomar medidas políticas em prol da cidadania e do bem comum.
E quanto a isto, todos sabemos do que falamos.
Como diria o General sem medo, embora com a devida adaptação: Obviamente demita-se!
Rx, the truth is out there!
O principal problema dos que se pretendem sentar no topo da moral e da ética consiste em ficar refém dessa lógica auto-imposta.
Esta é a falha primordial de quem se apresenta perante a pólis e aqueles que decidem para onde pende o voto.
O trono é deveras complexo, a coroa pesadíssima e o caminho a seguir tem se ser recto, sem curvas nem becos.
Por outras palavras, não podem existir excepções, nem comparações, muito menos desculpas esfarrapadas do género "o outro faz, então eu também posso fazer".
Ricardo Rio é o paradigma de alguém que se atirou de cabeça para um poço sem fundo.
Este candidato surgiu do nada, sem nunca ter mostrado provas ou pergaminhos de uma cidadania militante, fora da política.

Os voluntários andam mesmo de cabeça perdida, ó farry. Esse X é o delegado sindical deles ou responde só por ele ? ?
ResponderEliminarChamem o psicólogo!...
ResponderEliminarTexto brilhante. Não falta lá nada!!! Parabéns RX!
ResponderEliminarEste menino até dá pena. Consegue fazer uma análise ao artigo maior que o artigo em si. E é sempre o mesmo chorrilho.
ResponderEliminarNaquela cabeça é sempre: ... - ... - Rio - Machado - Bombeiros - Corrupção - Bandidos - Fodi-me.
Os espaços em branco podem preencher com qualquer tema. A partir daí o encadeamento e sempre igual...
É verdade. o rio critica o mesquita machado e canta loas ao Alberto João Jardim.
ResponderEliminarApanha-se mais rápido um mentiroso do que um coxo.